29 de maio de 2012

Infância e Educação Infantil: novos tempos, olhares e relações


Vivemos um período da humanidade que devemos refletir sobre o que estamos fazendo com a educação das crianças pequenas. Por que digo isto? Porque esta geração que está nascendo, é uma geração que questiona e que não aceita respostas sem lógica. Eles são muito espertos. Convivo com crianças de 3 e 4 anos de idade que já mexem em computador, já sabem o que é um mouse, etc. Como educar esta geração tecnológica com uma educação arcaica, que muitas vezes aliena e não educa?
Isto é um dos grandes desafios enfrentados, atualmente, na Educação brasileira, se com 4 e 5 anos eles já questionam tudo, o que dizer do ensino fundamental, médio e superior. Por este motivo precisamos de medidas rápidas, mas como tudo em nosso país, isto não é urgente!
Uma educação que transforma, que educa de fato e que não aliena, precisa ser praticada, mas como fazer isto se a educação está alienada? Se professores não são valorizados, se a profissão não está em evidência? Evidência são profissões que ganham dinheiro e, de preferência, rápido. Mas se esquecem de que, para cursar um Bacharelado de Direito, por exemplo, é necessário anteriormente ter estudado com Pedagogos.
Portanto, repensar a educação infantil de maneira que possamos realmente fazer a diferença neste país, requer responsabilidade, consciência, vontade política, econômica e social. Não dá mais para varrer para debaixo do tapete as sujeiras e esconder o que não está limpo. Precisamos varrer a sujeira de maneira que a educação neste país tome novos rumos, novos olhares, novas relações.
Porém, novos rumos para uma educação infantil qualidade é muito importante, e que não seja apenas um depósito de crianças para as mães que trabalham fora. A educação Infantil na Constituição Brasileira deixou de ser um direito das mães e passou a ser um direito das crianças. Mas me questiono: Será que isto está acontecendo de fato em nossas instituições públicas de Educação Infantil?
Novos olhares devem estar pautados para educar e cuidar dentro de uma proposta científica, que busque trabalhar com planejamento de projetos, na qual a cientificidade dos fatos e acontecimentos seja testada, experimentada, vivenciada e concluída, de forma a contribuir para o desenvolvimento cognitivo e afetivo de forma integral e integrada. Que o pensamento seja, por meio de uma lógica, realmente desenvolvido, ampliado, diversificado e sistematizado, em forma de conhecimento e não de informação.
As relações que se buscam nesta educação infantil são relações saudáveis, na qual escola, família e criança seja a tríade de complementaridade, de respeito mútuo, de pensar, sentir e agir em conformidade, em concomitância, porque senão, quem poderá ter prejuízos de aprendizagem é a criança, e sua infância poderá ser prejudicada. Uma vez ocorrendo perdas neste período da primeira infância, poderá ser de extrema significância para sua vida adulta.
A sociedade, os políticos, os empresários e as instituições de ensino como um todo precisam olhar, pensar, sentir e agir de forma diferenciada diante da diversidade que as culturas infantis exigem, mas sempre levando em consideração que isto nada mais é do que um direito de toda criança brasileira, ter uma educação de qualidade e não uma educação depositária.

Drª. Vanda Minini
Educação: Psicologia da Educação
Palestrante e Consultora em Educação
Palestrante e Consultora em Educação: para Gestores, Coordenadores, Professores e/ou Pais.



Um comentário:

  1. It is necessary to practice a transformative, really educational, and non-alienating kind of education, but how can this be accomplished if education is alienating? If educators are not respected, if the field is not highlighted? Professions that generate income, ideally fast, serve as evidence. This post is great all around. I learned a great deal from it, and I'm sure others will too. I appreciate you sharing this content. I can't wait to read more of your future postings.

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